martedì

do mar para a montanha


Longe do mar e com as montanhas geladas ao alcance da vista.

Sem supermercados, sem carro, sem televisão, com uma ligação internet que só funciona de um dos quartos (que, devido a uma coincidência infeliz, é o quarto mais frio e mais húmido da casa toda) sem lavadaria, sem farmácia, sem centro de saúde - com o hospital mais próximo a 35 KM, feitos por uma estrada nacional de curvas e contra-curvas (Graças ao inadjectivável Correia de Campos) - e sem vizinhos. Nem tudo são desvantagens!

Uma casa com tantas portas e janelas que o molho de chaves que carrego é absolutamente indispensável, arriscando um remake rural e aquém-tumba de ‘Os Outros’.

Mas as árvores são tantas e centenárias, os pássaros incansáveis, o musgo que recobre o velhos muros encantador e a água tão saborosa que, num exercício de optimismo não demasiado forçado, quase compensam os preços hiper-inflacionados do único mini-mercado (porque nas aldeias esquecidas também se pratica o capitalismo selvagem e a ditadura da lei da oferta/procura), o esquentador entupido e a humidade fria que se entranha em tudo o que existe.

Até quando é que estamos para ver…

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